Izrael Rotenberg, 73 anos, pobre em sua juventude, para poder estudar engenharia civil, exerceu simultaneamente trabalhos como violinista e violista em pequenas orquestras, lecionou ciências exatas e, em finais de semana e nas férias, realizava trabalhos de topografia e geodesia.
Entretanto, o que mais caracterizou a sua vida naquele período foi a acentuada inquietude espiritual que desde cedo lhe tomou seu tempo. Razão porque lia desbragadamente tudo que lhe vinhas às mãos, principalmente, os clássicos da literatura universal e, ainda jovem, as diferentes filosofias ocidentais e orientais. Embora de forma inconsciente, não se conformava em desconhecer a razão de sua vida, o porquê de tanto sofrimento espargido por toda a humanidade, em que ele próprio se incluía. Foi quando se introduziu no movimento comunista de após a 2ª Guerra Mundial, naquela época escoadouro do ideal socialista de todo jovem de fazer a humanidade melhor, mais justa e humana.
Após dez anos de militância, decepcionado com o discurso socialista não avalizado pela conduta moral que deveria lhe ser inerente, abandonou esse movimento. Mais tarde, apesar de empresário, continuou a sua busca, já que Intuía que a vida do ser humano não se podia resumir em amealhar bens materiais. Mostrou-se, então, cada vez mais interessado nas religiões iniciáticas, principalmente as relacionadas com o Antigo Egito e com os filósofos gregos, entre estes, destacando-se Platão e Aristóteles; depois, entendeu que muitas seriam sempre as dificuldades a ultrapassar por estudá-los individualmente, sem o auxílio de uma Escola, mesmo porque estavam longe da sua realidade. Então, talvez por falta de outra opção, começou a peregrinar por religiões mais próximas a si, como a judaica, alguns segmentos da católica e a kardecista. Em cada uma dessas religiões, dedicou-se de corpo e alma, buscando encontrar dentro de si a mesma fé que via nos rostos e atitudes dos adeptos de cada uma delas. Não a encontrando, por um período de cinco anos procurou esquecer suas inquietudes, razão porque deixou de peregrinar por filosofias e seitas religiosas.
Findo, porém, este curto período, surgiu-lhe, de seu interior, uma imensa força que o propulsionou a continuar suas buscas. Foi quando, lendo a afirmativa de Carlos Bernardo González Pecotche, em seu livro CURSO DE INICIAÇÃO LOGOSÓFICA, de que a cultura vigente não ensina o homem a conhecer a si mesmo e, em conseqüência, a conhecer, amar e respeitar a Deus, seu criador, intuiu de pronto encontrar-se diante de um Mestre de Sabedoria, razão pela qual há dezoito anos vem estudando a ciência logosófica na Fundação Logosófica, Em Prol da Superação Humana. Uma das conceituações, que sempre lhe dificultaram mergulhar de corpo e alma em uma fé religiosa, foi quanto à caridade. Jamais aceitou que a doação, de uma roupa que lhe sobrava, a um necessitado fosse realmente fazer caridade. Intuía que a caridade era algo muito mais sublime, posto que deveria estar ligada ao exercício de uma docência elevada capaz de ajudá-lo a pescar, em vez de simplesmente alimentá-lo com peixes, como diz o provérbio chinês. Mas, como ensinar, se desconhecia a essência da vida? Como ensinar, se desconhecia o caminho melhor para a sua própria vida? Essa foi uma das razões de haver identificado aquela ciência como a que havia sempre procurado, pois de imediato ensinou-lhe que antes de dar, deve o ser humano aprender para poder ensinar o que dar. Sob pena da humanidade viver sempre com os mesmo problemas, incapaz de romper esse círculo vicioso que, como em uma gangorra, ora o faz elevar-se, ora retroceder.
Tão logo entendeu estar de posse de um entendimento maior capaz de, ao menos, explicar à humanidade a razão de suas adversidades, iniciou há oito anos uma vasta pesquisa a respeito dela, culminando neste ENSAIO, em que aborda temas como a insensatez humana, o porquê de sua manutenção através da História - e seu aspecto mais saliente, as guerras e os vários aspectos em que se apresenta o fanatismo -, a decadência da civilização, causas da falta de confiança do ser humano em si mesmo e ensaio sobre o encaminhamento à paz, à sensatez e à evolução do ser humano. |
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