O MERCADO EDITORIAL SOB O PONTO DE VISTA DO AUTOR NOVO: DIFICULDADES, BARREIRAS E ALTERNATIVAS
Autor: Tomaz Adour
Gênero: Acadêmicos
Num. páginas: 100
Versão Digital: R$ 8,53
Versão Impressa: R$ 17,05
 
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CAPÍTULO I

O PROBLEMA



INTRODUÇÃO

Apesar de muito se comentar que o livro vai ser substituído pelo computador, nunca se vendeu tantos livros como na década de 90. A informática vem se integrando à vida cotidiana de forma acelerada, mas a quantidade de exemplares vendidos cresce tanto no Brasil como no mundo em geral, assim como surgem novos autores a cada dia.
O presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sérgio Machado, comentou na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, realizada em agosto de 1997, que o consumo de livros no Brasil foi de 2,7 exemplares por habitante no ano de 1996 e que o Sindicato pretendia expandir este número para 3,1 exemplares no ano de 1997.
Nos Estados Unidos são lançados mais de 30 mil títulos novos por ano e o Brasil lança em torno de 20 mil títulos novos, números que vem crescendo ano a ano. Isto dá uma média de 60 livros lançados diariamente, sem contar as reedições. De acordo com a Publisher’s Weekly, o Brasil já é o oitavo maior mercado mundial em venda de livros, tendo vendido em 1995 tantos livros quanto a América Latina inteira.
Qual o objetivo destes autores que disputam um mercado de quase 160 milhões de habitantes, mas com apenas 600 livrarias para distribuir seus livros? São pessoas que buscam o sonho de ser reconhecidas como um Jorge Amado? Ou ganhar milhões de dólares como Paulo Coelho? Ou apenas publicar um livro para orgulho pessoal? Ou receber adiantamentos milionários como Stephen King, que recebeu 40 milhões de dólares pelos próximos livros que não ainda nem esboçou?
Por mais diferentes que sejam as motivações dos novos autores, o importante a notar é que eles surgem em número crescente a cada ano. Num mundo aonde a concorrência é cada vez mais acirrada e os empregos tradicionais estão acabando, as pessoas estão buscando um caminho alternativo para complementar a sua renda, e o mercado editorial tem sido o alvo de boa parte das pessoas com formação acadêmica ou conhecimento sobre determinado assunto, que pretendem passar conhecimento e informações e ganhar dinheiro.

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

A relevância do estudo está no fato de que o mercado editorial brasileiro está em fase de expansão, com aumento do número de títulos publicados e o surgimento cada vez maior de novos autores em busca de um espaço nas vendas crescentes em número de exemplares.
Com o barateamento do processo produtivo, este mercado atrai investidores que criam novas editoras no Brasil, bem como atrai também investidores estrangeiros que tem investido principalmente na venda de livros em bancas.
Além disso, esse mercado tem se expandido com formas alternativas de publicação, como o self-publishing, onde o autor publica por conta própria; a publicação subsidiada, onde o autor se torna sócio da editora; e a Internet.


PROBLEMÁTICA DO AUTOR BRASILEIRO

O principal problema do Brasil não é a existência de poucos autores novos, mas sim a sua dificuldade de entrar no mercado. Muitos autores famosos, hoje em dia, já passaram pela situação de ter o seu primeiro livro pronto e ter que procurar uma editora.
Os editores, por sua vez, não tem nada contra publicar novos autores, pois se não surgissem novos autores, quando os atuais morressem, não surgiria nada de novo na literatura. Em entrevista com Liana Schipper, gerente editorial da editora Guanabara, ela declarou que a editora é ávida por novos autores, mas eles não aparecem na proporção desejada. Algumas editoras lançaram coleções dedicadas a jovens romancistas e contistas, abrindo caminho para que uma geração de escritores deixe o anonimato. A editora Scritta, de São Paulo, em março de 1994, inaugurou a sua série Brasilis, com o objetivo de lançar quatro novos ficcionistas brasileiros por ano, mas a receptividade foi tão grande que eles ampliaram o número para nove (Caderno Idéias - Jornal do Brasil - 14/05/94). A editora Nova Alexandria, também de São Paulo, programou para o segundo semestre de 94 o lançamento da coleção Nova Literatura, onde serão lançados dez títulos selecionados por um conselho formado por escritores e intelectuais, e cujos lucros serão reinvestidos na publicação de outros autores inéditos (idem).
 
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